Aos 65 anos, Pombo é o único guerrilheiro vivo que lutou com Che Guevara nas montanhas da Sierra Maestra, no Congo e na Bolívia. Foram dez anos de convivência com o comandante, até a sua morte, em 1967. Hoje, Pombo é general das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba.
Na semana passada, ele esteve no Brasil para participar da conferência internacional "Pensamento e Movimentos Sociais na América Latina e Caribe: Imperialismo e Resistências", promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e pela Via Campesina.
Não foi a primeira vez que ele pisou em solo brasileiro. Em 1966, quando a guerrilha de Che se instalou na Bolívia, Pombo passou por São Paulo e por Campo Grande (MS) como estratégia para sua entrada no país vizinho sem chamar atenção. Em entrevista ao Brasil de Fato, Pombo explica que o desfecho trágico da guerrilha na Bolívia, quando Che foi assassinado, teve origem na traição do Partido Comunista Boliviano e na decisão de Che de não abandonar uma coluna de guerrilheiros que havia se perdido do seu grupo. Ao comentar a situação da América Latina, Pombo diz que a Venezuela é a esperança do povo do continente e do Terceiro Mundo.